Título: O assassinato de Roger Ackroyd
Autora: Agatha Christie
Ano de publicação: 1926
Editora: Globo Livros
Nº de páginas: 483 p.
Sinopse: Uma misteriosa sequência de três crimes. Uma velha senhora desconfiada. Um famoso detetive belga de férias, procurando alguma emoção. Este é o ponto de partida de O assassinato de Roger Ackroyd, um dos mais famosos romances policiais de Agatha Christie, em que está presente seu estilo inconfundível de promover uma verdadeira ciranda de suspeitos, em que o leitor é envolvido e para a qual ele é convidado a usar toda a sua inteligência e perspicácia.
Em uma noite de setembro, o milionário Roger Ackroyd é encontrado morto, esfaqueado com uma adaga tunisiana – objeto raro de sua coleção particular – no quarto da mansão Fernly Park na pacata vila de King’s Abbott. A morte do fidalgo industrial é a terceira de uma misteriosa sequência de crimes iniciada a de Ashley Ferrars, que pode ter sido causada ou por uma ingestão acidental de soníferos ou envenenamento articulado por sua esposa – esta, aliás, completa a sequência de mortes, num provável suicídio.
Os três crimes em série chamam a atenção da velha Caroline Sheppard, irmã do Dr. Sheppard, médico da cidade e narrador da história. Suspeitando de que haja uma relação entre as mortes, dada a proximidade de Miss Ferrars com o também viúvo Roger Ackroyd, Caroline pede a ajuda do então aposentado detetive belga Hercule Poirot, que passava suas merecidas férias na vila.
Ameaças, chantagens, vícios, heranças, obsessões amorosas e uma carta reveladora deixada por Miss Ferrars compõe o cenário desta surpreendente trama, cujo transcorrer elenca novos suspeitos a todo instante, exigindo a habitual perspicácia do detetive Poirot em seu retorno ao mundo das investigações.
Devo confessar que sou totalmente viciado em romances policiais bem escritos, e desde que li todos os contos do Sherlock Holmes, escritos pelo autor Arthur Conan Doyle, fiquei desapontado e ansioso por novos mistérios. Entretanto, ao me deparar com Agatha Christie e deu universo fabuloso que nos presenteou com dois detetives: Poirot e Miss Marple, devo confessar que fui fisgado.
O livro em questão é narrado em primeira pessoa, e esse personagem-narrador tem a difícil missão de nos contar o triste falecimento de seu amigo, Dr. Roger Ackroyd. Todavia, no desenrolar da trama, mais personagens são inseridas como suspeitas (o que particularmente me confunde muito, pois Agatha sempre escreve seus textos com muitos personagens, o que torna difícil a compreensão da história, pois temos que decorar o nome de todos).
O final do livro me deu um choque tremendo, que precisei de um bom tempo para me recuperar, uma vez que, a partir de uma reviravolta de última hora, ficamos todos de queixo caído com a revelação do assassino. Recomendo muito este livro, porque é bem detalhado, com surpresas e mistérios que te prendem do começo ao fim.